O Benfica – Barcelona foi jogador a velocidade máxima e as emoções estiveram ao rubro, como se percebe pelo 4-5 no marcador final. O Benfica esteve a ganhar durante grande parte do encontro, vantagem que foi de dois golos, (3-1 e 4-2). Porém, o que parecia ser um jogo de sonho, terminou num verdadeiro pesadelo, com o Barça a chegar à vitória, por Raphinha, no último minuto.
Nos últimos instantes do jogo, a vitória do Barça e a polémica. Com o jogo empatado a quatro golos, Leandro Barreiro caiu na área do Barça, pediu-se penálti e, no contra-ataque, Raphinha a fazer o 5.º golo para o Barcelona.
O VAR ainda analisou o lance, mas não encontrou ilegalidade, confirmando a vitória dos catalães 3 deixando os adeptos do Benfica arrasados.
João Diogo Manteigas, advogado e candidato às eleições para a presidência do Benfica, revelou que o Benfica tem de agir em conformidade e que tem a lei a seu favor, exigindo à direção um protesto junto da UEFA.
“O direito ao protesto nasce dos regulamentos. Mas o dever de protestar resulta dos factos ocorridos nos relvados que nos prejudicam. Seria útil uma manifestação pública por algum dos cinco atuais administradores executivos da Benfica SAD se a defender a nossa instituição após o jogo de ontem na Luz frente ao FC Barcelona. E, salvo melhor opinião, não me parece que deslocações relâmpago do camarote presidencial para o túnel da Luz com a cabeça a ferver para confrontar o árbitro do jogo, a terem acontecido, resolvam o problema. Na realidade, só agravam.
Quero acreditar que foram dadas instruções ao departamento jurídico da SAD para não arredar pé durante esta madrugada, enquanto me encontro a escrever estas palavras, para apresentar protesto contra a validade do resultado do jogo em causa nos termos e para os efeitos do ponto 64.01 do artigo 64.º do regulamento da Liga dos Campeões da UEFA (edição 2024/25 em vigor desde 2 de Setembro de 2024).
A SAD tem o direito (pessoalmente, entendo que é um dever) de protestar contra a validade do resultado de ontem no prazo máximo de 24 horas após o seu final. A admissibilidade do protesto tem por base qualquer uma das alíneas c), d) ou e) do n.º 1 do 57.º do Regulamento Disciplinar (RD) da UEFA. O que sucedeu, no mínimo, com dois erros de arbitragem evidentes: por ação, o penálti assinalado contra o Benfica (por falta inexistente de Carreras) e, por omissão, o penálti não assinalado a favor do Benfica (por falta existente de Fermín López). Aproveita-se ainda para meter uma nota final em rodapé pois este mesmo árbitro dos Países Baixos, Danny Makkelie, já havia cometido o mesmo erro e prejudicado o Benfica em Outubro de 2023 por não ter assinalado um penálti sobre Neres em Milão frente ao Inter. Paga-se a taxa de 1.000,00 EUR pelo protesto e o órgão de Controlo, Ética e Disciplina analisa-o ao abrigo do RD da UEFA (artigo 56.º – declaração de protesto.
A obrigação de protestar tem também um fim político-desportivo. De imposição e intransigência na defesa da verdade desportiva, da imagem e da marca do Benfica, da UEFA e da própria competição europeia no âmbito da qual ocorreram os erros graves. Olhamos para as fotos da tribuna presidencial no jogo de ontem e vemos os nossos dirigentes ladeados dos (ainda e atuais) Presidentes da Liga de Clubes e da Federação Portuguesa de Futebol. Querem ajudar o futebol português a subir no ranking europeu? Posicionem-se ao lado do Benfica e defendam-no. Não querem? O Sport Lisboa e Benfica deve exigir-lhes! Por fim, os sócios não pagam para ver o relvado passar do Inferno da Luz para um céu de anjinhos. Não é admissível ao Sport Lisboa e Benfica sofrer 5 golos em casa. O futebol não se transformou assim tanto nos últimos 20 anos para chegarmos a este ponto. Sobretudo, quando já nos provaram esta época as suas capacidades frente, por exemplo, ao Atlético de Madrid”, revelou João Diogo Manteigas, em comunicado.