Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, foi proibido pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto de participar na Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto, na qual será votada a sua expulsão como sócio do clube.
O despacho emitido também impede a presença de Sandra Madureira, mulher do ex-líder, e de Vítor Aleixo.
Os três tinham solicitado autorização para comparecer na AG, marcada para sábado no Dragão Arena, mas o tribunal rejeitou o pedido, alegando que «nenhuma prova, que dependa da presença dos arguidos, será produzida» durante a reunião.
O tribunal justificou a decisão afirmando que a AG trata exclusivamente da votação para expulsão de sócios e não de um processo penal ou disciplinar relacionado com relações laborais, não comprometendo, assim, os direitos de defesa dos arguidos. Ainda segundo o despacho, a presença de Fernando Madureira e dos outros arguidos poderia gerar um «efeito perturbador e de exaltação» entre os participantes, colocando em risco a ordem pública.
A reunião, agendada para as 09:00 no Dragão Arena, analisará os recursos apresentados por seis associados expulsos pelo Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do clube, entre eles Fernando e Sandra Madureira.
As expulsões surgiram após a Operação Pretoriano, desencadeada em 31 de janeiro de 2024, que investigou agressões ocorridas numa AG extraordinária do FC Porto em 13 de novembro de 2023. Na operação, foram detidas 12 pessoas, incluindo Fernando Madureira, que se encontra em prisão preventiva, e outros membros da claque.
Em 5 de dezembro, o Tribunal de Instrução Criminal decidiu levar a julgamento os 12 arguidos nos mesmos termos da acusação apresentada, incluindo as expulsões e sanções aplicadas pelo CFD, que serão avaliadas pelos sócios na AG extraordinária.