Presente envenenado de Varandas? “Temos de ver o contexto em que as coisas são ditas e entender o significado. Entrava e o Sporting continuava a jogar bem. O que é que o João Pereira fez? Nada. O mérito é dos jogadores, do treinador que cá estava e deixou tudo. O João Pereira e começaram a perder, então a culpa é do João Pereira. É por aí que o presidente referiu o presente envenenado. Era impossível dizer que não ao Sporting.”
Como se trabalha com esta pressão constante dos adeptos? “Tenho um apoio forte em casa e dá para me distrair. Com os dois filhos é o fim do mundo quando chego, apesar de eles só quererem jogar futebol, mas dá para distrair. Quando eles vão para a cama começa tudo outra vez e quem sofre é a minha mulher porque na minha cabeça está sempre o futebol e a vida privada fica para trás. Às vezes tem de ser assim e ela percebe perfeitamente. O foco neste momento tem de ser outro e o pouco tempo que tenho é para dar atenção aos filhos.”
Adeptos estavam habituados a ver a equipa a jogar bem. Quando é possível voltar a jogar assim? “O importante é ganhar. Contra o Boavista tivemos ocaisões claras para o resultado ser dilatado mas sofremos dois golos, o que complicou muito. Foi uma vitória complicada. Foi o nosso jogo mais conseguido em termos de oportunidades, de avalanche ofensiva. Tivemos dois erros e parece que foi um jogo dividido, mas não foi. Contra o Santa Clara foi o nosso jogo mais forte defensivamente. Sofremos para lá da hora.”
Está mais descontraído. É o resultado das duas vitórias? Afastou a pressão? ”Não. A pressão já volta outra vez. A pressão está em todos os treinos, todos os dias. Não é a primeira vez que estou aqui a falar e uma pessoa vai evoluindo, aprendendo. O departamento de comunicação ajuda-me a melhorar. É mais fácil estar a falar depois de ganhar do que depois de perder. O estado de espirito nunca pode ser igual. Sempre fui sincero e tentei passar as minhas ideias.”