A cerimónia de entrega dos Prémios Stromp, esta quinta-feira, ficou marcada pelo extenso discurso de Frederico Varandas, presidente do Sporting, a propósito das críticas de que tem sido alvo na escolha de João Pereira como sucessor de Ruben Amorim, face aos resultados e às exibições oscilantes desde a mudança no comando técnico.
“O Sporting não escolheu o timing do fim de ciclo de Amorim. A verdade é que em novembro o nosso treinador deixou o Sporting e o que aconteceu ao Sporting, nunca tinha acontecido em Portugal. É a primeira vez que um treinador sai, por sucesso, a meio de uma época. Muitos treinadores saíram para Ligas e projetos superiores, mas nunca um clube perdeu um treinador a meio da época”, começou por dizer.
“Podíamos trazer alguém de fora, mas com sete jogos em 26 dias, não iria ter tempo para treinar. Resolvemos antecipar João Pereira. Um treinador que não teve e não tem tempo. Tem uma máquina afinada à qual tem de se adaptar. Vou carregar este convite para o resto da minha vida, como o convite que é o mais ingrato e o presente mais envenenado para um treinador”, vincou de seguida.
“O clube não queria que fosse este o momento e o João Pereira também não queria que fosse este momento. Teve de ser. Mesmo sabendo que posso estar a sacrificar alguém, faço sempre aquilo que considero ser o melhor para o Sporting”, completou o líder máximo dos leões.