O áudio polémico de Bruno Lage continua a fazer correr tinta na imprensa nacional. Desta vez foi Miguel Sousa Tavares, que havia tecido largos elogios a Di María, quem se debruçou sobre as declarações do setubalense, chamando para cima da mesa o “estalinismo”.
O jornalista, na sua crónica ‘Todos os pesadelos são cruéis’, publicada no jornal Record, esta quarta-feira. 29 de janeiro, analisou o discurso do técnico do Benfica, garantindo que foi “pena” que viu o timoneiro, “com a melhor das intenções, tropeçar numa armadilha própria da sociedade de pides das redes sociais”.
“Nunca me esquecerei da extraordinária recuperação que Bruno Lage fez de um Benfica teoricamente afastado do título, pondo-o a jogar um futebol exuberante e levando-o ao 36.º título. Para além disso, sempre tive simpatia pela sua personalidade e o seu discurso”, começou por escrever Miguel Sousa Tavares.
“Foi das redes sociais
“Foi, pois, com pena que o vi, com a melhor das intenções, tropeçar numa armadilha própria da sociedade de pides das redes sociais em que vivemos, obrigando-o depois a uma auto-mutilação típica do estalinismo. Mas pior foi ler a transcrição daqueles dois minutos de desabafos, em pura linguagem de carroceiro. Ainda convencido de que os treinadores também têm de ter alguma coisa de educadores e uma postura de ‘sports gentlemen’, pergunto-me se será assim que ele fala com os jogadores?”, concluiu, deixando no ar a questão.