Vítor Bruno é a mais recente chicotada psicológica da Liga. O treinador do FC Porto não resistiu a mais uma derrota, a terceira consecutiva e está de saída, numa época que está a ser terrível para os treinadores, nomeadamente entre os grandes. Sporting, Benfica, SC Braga e Vitória SC já foram obrigados à mudança.
Agora, foi a vez dos dragões. E Bruno Lage, que rendeu Roger Schmidt no Benfica, já reagiu. Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Barcelona, o treinador das águias lamentou o despedimento do rival.
“Primeiro é lamentar a saída de um treinador, é sempre de lamentar mas a nossa confiança tem de ser sempre nossa. Olhar para aquilo que controlamos e ter coragem de fazer as coisas de forma como fazemos, porque se assim fosse o Leandro nunca tinha jogado com o Florentino, por exemplo. Nós é que estamos a trabalhar com o jogador, nós é que vemos o trabalho diário dos jogadores, percebemos o que eles vão fazendo no momento defensivo, no momento ofensivo, perceber muito bem o que controlamos, acreditar nas nossas ideias, aquilo que estamos a trabalhar e passar sempre uma energia muito positiva para os nossos jogadores.
E para nós é isso mesmo, sabendo que quando estamos num bom momento temos que o prolongar e quando estamos num momento menos bom, temos de fazer o clique. Há 15 dias estávamos a sair do Estádio da Luz com uma derrota frente ao Sporting Braga e 15 dias depois o nosso capitão estava a levantar a Taça da Liga. O nosso momento é cada vez mais curto, de três em três dias é dar sempre uma boa resposta e a grandeza assim o exige, a responsabilidade de ser treinador assim o exige.
O que temos de fazer é, para que as pessoas olhem para nós e sentirem que temos ali um treinador, consegue resolver problemas, tem um plano, tem um caminho a percorrer e faz-nos acreditar que podemos conquistar títulos”, respondeu o treinador do Benfica, depois de questionado sobre a saída de Vítor Bruno do FC Porto.