Atitude ou inspiração? “Claramente a atitude. Como é óbvio, trabalhámos 72 horas. Não vou chegar aqui e fazer magia. Não sou mágico, longe disso. Dentro do que perspetivámos, é tentar entender e fazer algumas coisas específicas que nos podem fazer tirar partido perante o adversário. A equipa vai estar muito longe do que queremos, vai ser aos poucos, mas encontrei um grupo muito recetivo. E isso é importante. Se eles estiverem lá mesmo quando falharem uma interceção, um passe, um comportamento defensivo, um posicionamento, a atitude tem de lá estar. Se a parte competitiva estiver lá, perante o ambiente em Alvalade, e os adeptos serão muito importante nesse sentido, a atitude fará toda a diferença ao longo do jogo.”
Aspeto estratégico e emocional: “Duas coisas importantes no jogo de amanhã: é um dérbi, e só por si motiva qualquer jogador. Todos querem grandes jogos. Essa parte, para mim, penso que é mais fácil lidar. Acho que estão motivadíssimos para jogar, ainda por cima em nossa casa. Os adeptos vão ser importantes. Vai haver momentos em que não vamos ser tão fortes, com menos qualidade, porque há uma clara adaptação aos métodos do novo treinador, independentemente do sistema. Há uma adaptação diária a tudo. É natural que amanhã, em alguns momentos, não haja tanta qualidade. Esqueçam isso. Mas lá está. A parte de atitude, embalada com os nossos adeptos que nos vão empurrar, será muito importante para o objetivo de chegar ao fim com a vitória”.
Eventual mudança de sistema no futuro: “Poderá acontecer. Isso não é tão linear. Se olharem para o meu passado… Já defendi em 5x2x3, em 4x4x2, já atacámos em vários sistemas, construímos noutros. O sistema é uma coisa, o resto são dinâmicas, olhando também para a qualidade individual, personalidade, tomadas de decisão. Vamos tentando perceber de que forma conseguimos tirar o melhor de cada um. E sermos melhores, que é o que queremos. Mais do que o sistema, é conseguir fazê-los acreditar e perceber, em pouco tempo, pequenas coisas que serão importantes dentro do que poderão dar ao jogo. Se se agarrarem a essas pequenas coisas, vamos ser fortes”.