“Tínhamos essa hipótese de antecipar [a promoção de João pereira], a segunda era trazer alguém de fora, sabendo que íamos fazer em 26 dias sete jogos, que o treinador não ia fazer pré-época nem ia ter tempo para treinar. Sabíamos que aquele grupo ia ter dificuldade em entender alguém de fora que disse que iriam jogar de maneira diferente, não iriam aceitar, por isso a decisão racional entre prós e contras era antecipar o plano que tínhamos previsto, decisão tomada: João Pereira assume o comando.”
“Sabíamos que era preciso tempo, mas ele não tem tempo, tem que se adaptar à máquina afinada, é um convite mais ingrato, isso vou carregar para o resto da vida, o presente mais envenenando que alguém podia oferecer a um jovem treinador que se está a lançar. João Pereira não queria que fosse este momento, mas teve que ser.”
“Dez dias antes de Amorim sair, perdemos o lateral Nuno Santos, no último dia, perdemos Pote. Só nestes dois tinham acumulado em quatro épocas uma média de 27 golos e 21 assistências, mas a seguir Morita, depois Bragança, a seguir Inácio, pelo meio o guarda-redes titular também, St. Juste também e Quaresma lesionado. O Sporting teve cinco a seis titulares fora. Tenho memória, há dois anos, quando acabamos em quarto lugar – hoje poucos se lembram -, começámos o campeonato com uma onda de lesões nos centrais, jogamos muito com Marsá, Chico Lamba, etc.”