André Villas-Boas marcou presença, na manhã desta segunda-feira, no Olival, onde o plantel dá início ao arranque da preparação para o jogo em casa do Anderlecht, da quinta jornada da fase de liga da Liga Europa. O presidente do FC Porto esteve acompanhado pela cúpula do futebol profissional, nomeadamente Andoni Zubizarreta, diretor desportivo, e Jorge Costa, diretor.
Vítor Bruno recorde-se, entrou nas instalações por volta das 08h30, seguido por uma viatura descaracterizada e outra com a identificação da SPDE (segurança privada).
Os dragões vivem uma fase muito delicada, com a terceira derrota seguida, em Moreira de Cónegos (2-1), que ditou o afastamento da Taça de Portugal e soltou a revolta dos adeptos. Petardos, apupos, recados e pedidos de demissão de Vítor Bruno obrigaram André Villas-Boas a dirigir-se à multidão que esperou pela chegada equipa ao Dragão. Acompanhado de Jorge Costa, de elementos da SAD e com a polícia por perto para evitar que a tensão escalasse, o presidente inteirou-se das queixas dos portistas, que retiveram o grupo de trabalho no estádio quase duas horas após o encontro com o Moreirense.
As manifestações de desagrado, contudo, começaram ainda em Moreira de Cónegos. Aí, foi Vítor Bruno quem esteve na linha da frente, numa tentativa infrutífera de proteger a equipa. Depois de o treinador ter abandonado o local, jogadores como Fábio Vieira, Diogo Costa, Eustáquio e outros continuaram a ouvir os contestatários, tendo Samu, Pepê e Zé Pedro sido apanhados pelas câmaras de televisão em lágrimas. Isto, já depois de os “Super Dragões” terem exibido uma mensagem eloquente quando o Moreirense deu a volta ao resultado. “Esta é a nossa condição: raça, luta, união. Honrar o Porto é a nossa tradição”, podia ler-se nas tarjas daquela claque.