Horas depois da SAD do FC Porto anunciar o refinanciamento da dívida em 115 milhões de euros – com uma taxa de juro de 5,62% a 25 anos -, João Rafael Koehler usou as redes sociais para criticar a opção tomada pela administração liderada por André Villas-Boas.
O empresário e antigo membro da lista de Pinto da Costa às eleições presidenciais do FC Porto, considera que há, perante os dados conhecidos, uma certeza: “O FC Porto não se está a financiar mais barato nem melhor, está é a financiar-se a um prazo maior, para quem vier a seguir tenha de resolver”, refere no X, antigo Twitter.
Koehler refere ainda que teria optado por outra solução: “Apostava forte na internacionalização do clube, criava um banco digital baseado na massa adepta, aumentava as receitas televisivas a sério, jogava ao ataque. Isto é jogar à defesa”, refere depois de fazer contas diferentes da atual SAD. “A Euribor está hoje abaixo de 2,5% enquanto em abril estava em 3,8%. Ou seja, esta taxa hoje anunciada equivale a uma taxa semelhante acima de 7% em Abril, considerando as diferenças de Euribor. Em 2023, a administração anterior, tão criticada, lançou uma emissão de obrigações a 6,25% e dois anos antes, a 4,75%. Portanto, a taxa de hoje é semelhante às anteriores na realidade, mas nessas operações o prazo era de dois ou três anos, não 25 anos, com juros acumulados e insustentáveis”.